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A TideSat foi reconhecida como a Startup Inovadora do ano pela Fapergs, destacando-se na cerimônia do Prêmio Pesquisador Gaúcho 2024, realizada no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite e da Ministra Luciana Santos, do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação. A premiação, em sua 14ª edição, coincidiu com as comemorações dos 60 anos da Fundação e homenageou iniciativas inovadoras em diversas áreas. A TideSat se destacou pelo uso eficaz de tecnologia durante as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, demonstrando um impacto significativo na gestão de crises ambientais. A startup desenvolveu soluções que otimizaram o monitoramento e a resposta a desastres naturais, beneficiando diretamente comunidades afetadas.

A TideSat,  uma spin-off nascida em um laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), está impactando positivamente o monitoramento de corpos hídricos como rios e represas. Composta por pós-graduandos e um professor da UFRGS, a empresa desenvolveu uma solução inovadora que integra sensor de nível da água, processamento em nuvem e visualização de dados pela internet. Essa tecnologia é voltada para a gestão eficiente de recursos hídricos e para a prevenção de enchentes, oferecendo um sistema completo e de baixo custo.

O grande diferencial da TideSat reside no sensor de nível da água, desenvolvido internamente pela equipe. Utilizando a técnica de Refletometria GPS/GNSS, o sensor capta as ondas dos satélites GPS que refletem na superfície da água, permitindo uma medição precisa e segura, mesmo em condições adversas. Diferente dos sensores convencionais, o dispositivo da TideSat pode ser instalado em locais elevados, garantindo sua operação contínua durante enchentes e maior proteção contra furtos e vandalismo.

Além de funcionar de forma autônoma com energia solar e transmissão de dados via internet, o sensor é fácil de instalar em estruturas já existentes, como postes ou edificações. Isso faz com que a solução da TideSat seja não apenas inovadora, mas também prática e acessível.

Suporte nas Enchentes de Porto Alegre e Região

Em meio às enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, a startup TideSat desempenhou um papel essencial na gestão da crise, destacando-se por sua tecnologia inovadora de monitoramento de níveis de água. A TideSat foi responsável pelo único sistema que permaneceu operacional durante as enchentes em Porto Alegre, fornecendo dados vitais para monitorar o aumento dos níveis de água no Lago Guaíba e no delta do Rio Jacuí. Com sensores instalados em três pontos estratégicos da cidade, a startup ampliou seu alcance ao instalar, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, um novo sensor durante o próprio período de enchentes, demonstrando agilidade e comprometimento.

A tecnologia da TideSat, baseada na técnica de Refletometria GNSS, utiliza reflexões das ondas de satélites GPS na superfície da água para medir com precisão os níveis de corpos hídricos, mesmo em condições extremas. A capacidade do sensor de operar a uma distância segura da água, longe de riscos de danos e furtos, garantiu que as medições continuassem de forma confiável durante todo o período crítico.

No auge das enchentes, o sistema da TideSat registrou níveis de água que ultrapassaram marcas históricas, fornecendo informações em tempo real para as autoridades. Além disso, a solução da startup foi utilizada pela Prefeitura de Rio Grande para a emissão de seu boletim oficial, reforçando a importância da tecnologia na resposta às crises hídricas. Em Estrela, como medida preventiva, a TideSat instalou emergencialmente uma estação em junho, posicionando o sensor a mais de 20 metros de altura em relação à água, após a enchente de maio ter devastado todos os outros sensores da região. Alimentado por energia solar e com transmissão de dados via internet, o sistema permitiu que as medições fossem acessadas e monitoradas continuamente, desempenhando um papel indispensável na mitigação dos impactos das enchentes no estado.

A trajetória da TideSat é um exemplo de como a tecnologia desenvolvida na academia pode ser transformada em soluções concretas para a sociedade. O desenvolvimento inicial, realizado na UFRGS, evoluiu para uma plataforma robusta de monitoramento hídrico, pronta para atender às demandas do mercado e contribuir para a gestão sustentável dos recursos naturais.

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