O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) modernizou sua gestão de segurança da informação ao adotar a tecnologia da Maven, govtech gaúcha especializada em gestão documental. A iniciativa visa resolver um dilema crítico do setor público: equilibrar a transparência exigida pela Lei de Acesso à Informação com a rigorosa proteção de dados da LGPD.
Até então, o MPSC realizava a ocultação de dados sensíveis — como nomes, CPFs e endereços — por meio de processos manuais. O método, além de consumir horas de trabalho e elevar custos operacionais, aumentava os riscos de falhas humanas. Para superar esse desafio, o órgão implementou o MavenDoc, uma plataforma que utiliza inteligência artificial e OCR avançado para automatizar o tarjamento.
A solução identifica e remove permanentemente as informações sigilosas, inclusive em documentos digitalizados, eliminando a “falsa segurança” de tarjas estéticas que podem ser revertidas. “O projeto de hachuramento com a ferramenta MavenDoc representa um avanço estratégico na proteção de dados e na modernização dos processos, oferecendo automação, segurança e agilidade“, avalia Rodrigo Zeferino, gerente de transformação digital e Product Owner do MPSC.

Os resultados foram imediatos: o MPSC registrou uma redução de até 90% no tempo dedicado a essa tarefa, liberando servidores para atividades mais estratégicas. “Imagine um documento com 5 mil páginas. É impossível um trabalho manual sem aumentar o risco de vazamentos. O fator humano hoje representa mais de 90% desses incidentes“, destaca Aline Brustolin, gerente comercial da Maven.
Com 15 anos de mercado, a Maven já atende instituições como TCU, MPSP e STM. Recentemente, a empresa foi reconhecida como uma das seis inovações de destaque no Pitch Challenge ABES CSC 2025.













